terça-feira, novembro 17, 2009

Tal mãe tal filha da mãe

Se há coisa de que gosto é de crianças pois estas representam o que há de mais puro neste mundo (menos aquelas das favelas, por exemplo, que para além de puras são também más). São como um desodorizante natural contra o mau cheiro dos adultos, muito embora muitas delas cheirem mal, principalmente quando são bebés. E falo disto porque ouvi a seguinte conversa entre uma mãe e uma filha da mãe, que não pude deixar de escutar com mais atenção e tendo inclusive escorregado e caído da cadeira na tentativa de não perder pitada desta deliciosa demonstração de afecto:

- Ó mãe, é melhor escreveres um papel para pôr na porta a dizer «Proibida a entrada a pretos»
- Ó filha, mas os pretos não sabem ler.
- Mas os pais deles sabem.
- Sim, mas é racismo não gostar de pretos, filhota. Tens de ama-los como amamos o nosso cão ou gato. Percebes?

(e a conversa continuou e não sei mais que discussão amena tiveram pois tive de sair a correr para o trabalho voluntário comunitário que o juiz me atribuiu)

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