Apesar de ter já quase quarenta anos, a Digital MonaLisa causa ainda estupefacção pela qualidade e beleza captada através de um dos primeiros scanners, um aparelho rudimentar denominado flying spot digitizer, por vezes também conhecido por Charactron, dado que era capaz de analisar adequadamente a imagem que deveria reproduzir.
Produzida em 1965 por H. Philip Peterson da Control Data Corporation, esta obra, que poderá muito bem ser considerada como um antepassado próximo de arte ASCII (que emprega apenas caracteres) foi concebida com recurso a um sistema especial com vista a reproduzir as diversas tonalidades do original.
O quadro de Leonardo Da Vinci foi dividido idealmente em 100 mil pontos com os seus respectivos valores de luminosidade. Em seguida estes valores foram convertidos em padrões de caracteres sobrepostos, uma operação que permitiu simular até 100 tons de cinzento.
Com o passar dos anos, a máquina utilizada para produzir esta obra foi destruída, conhecendo-se actualmente muito poucas cópias originais do trabalho, para além das que existem no Museu do Computador em Boston e no Museu da História da Informática em Moutain View, ambos os locais nos Estados Unidos.
No site Digital MonaLisa é possível obter mais informação sobre esta lenda clássica contemporânea, observar em pormenor a imagem e ler as referências que Ted Nelson, que idealizou o conceito de hipertexto 20 anos antes de este surgir, fez a ela no seu livro Computer Lib/Dream Machines.
in Tek.Sapo
quarta-feira, agosto 18, 2004
Mona Digital
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