sexta-feira, setembro 03, 2004

Czeslaw Milosz

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Se depois de morrer for para o Céu, lá, terá de ser como aqui,
apenas hei-de livrar-me dos sentidos entorpecidos e dos ossos pesados.

Transformado em puro olhar, continuarei a absorver as proporções
do corpo humano, a cor dos lírios, a rua parisiense na madrugada de Junho.
Enfim, toda a inconcebível, a inconcebível pluralidade das coisas visíveis.



Czeslaw Milosz
(30/06/1911-15/08/2004)

Não fui eu que escrevi mas podia ter sido.

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